Estudante Sempre

domingo, agosto 27, 2006

Fazendo algumas observações

Esta semana, após ver o resultado da avaliação ( bons em alguns aspectos, outros nem tanto) parei para avaliar minha participação até aqui. Nos dispomos a fazer o melhor, além das atividades, pesquisar mais, testar ferramentas, visitar o trabalho dos colegas (com calma, não só "passando os olhos"), etc.,mas nem sempre conseguimos, por n motivos (excesso de trabalho, viagens, problemas pessoais, familiares...), não que isso justifique, mas preocupa. Percebi que alguns colegas não conseguiram terminar algumas atividades (na verdade o corre corre é tanto que nem sempre temos certeza se fizemos tudo). Felizmente conseguimos, apesar da distância, nos comunicar. Lembrei da atividade do Proa 11 (sobre o que sabíamos ou não sobre o uso das ferramentas), muitos de nós só viu a atividade nos último dias, aí uns foram avisando os outros e ficou difícil postar, "congestionou". Fui colocando aquilo que sabia e não sabia, no final da atividade observei algo interessante, havia postado coisas que havia feito e dizia que não sabia (contraditório), por exemplo, coloquei que não sabia mudar as cores das letras e estavam coloridas (no decorrer da atividade havia observado como uma colega havia feito e fiz o mesmo, aprendi!)
Enfim: Essa especialização é um grande Projeto de Aprendizagem!

domingo, agosto 20, 2006

Recapitulando

Após reler os textos: Projeto? O que é? Como se faz? (Léa Fagundes), Conteúdos: Para quê? Por quê?, Perguntas Inteligentes: O que é isto? e Qual é a questão? (Beatriz magdalena e Iris Costa) resolvi fazer uma síntese tentando clarear mais o processo para que se entenda melhor o desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem.
" No desenvolvimento de projetos o que se busca é a solução de problemas e nesse processo se constrói o conhecimento. Porém quando se fala em projeto é importante que se veja a diferença entre Projeto de Ensino e Projeto de Aprendizagem.
No Projeto de Ensino o tema é escolhido por professores ou coordenação pedagógica, contempla conteúdos do currículo, este já pré-estabelecido, as decisões são hierárquicas, o professor é o agente, transmite o conhecimento e o papel do aluno é receptivo.
No Projeto de Aprendizagem a formulação das questões é feita pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento, ou seja, pelo aluno, com a coordenação do professor. O contexto é partir da realidade do aluno, da sua curiosidade, da sua vontade, as decisões, as regras, as atividades são sempre determinadas pelo consenso do aluno e do professor, pois aí o professor deixa de ser agente e passa a ser o problematizador, orientador e o aluno é o agente do processo.
Para se fazer um projeto de Aprendizagem a estratégia é inicialmente o aluno, ou o grupo de alunos escolherem o assunto do projeto a ser desenvolvido, depois verificam suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias. Daí, partir para a pesquisa, indagação, investigação.
" Sempre que se fala em mudança em sala de aula através do desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem, a primeira inquietação que surge por parte dos professores é com relação a conteúdos/grade curricular, sendo fator de resistência. O argumento central é o de que, não sendo respeitada a seqüência da grade, os alunos estarão despreparados para avançar em outros níveis e entrarem no mercado de trabalho. Há também grande procupação com a cobrança da sociedade, principalmente no tocante a vestibulares e se os temas propostos pelos alunos abrangerão todas as áreas do conhecimento.
Estas questões levam a reflexão acerca da posição do professor em relação ao trabalho de sala de aula: Os alunos aproveitam o que aprenderam no seu dia a dia? O que garante que os conteúdos da grade preparam para um curso superior ou para obter um espaço no mundo do trabalho? Estar a par da evolução das ciências ou do conhecimento científico ajuda a desenvolver e pensar valores? Qual a relação dos problemas sociais com as disciplinas estudadas?
Nesta fase de transição há dificuldades em viver a teoria/prática, passado/futuro, velho/novo paradigma, conhecimento construido/adquirido, perspectiva construtivista/não construtivista.
Já se percebe que os professores começam a entender que o trabalho com projeto, a partir do interesse dos alunos possibilita que construam conhecimento a medida que buscam alternativas de solução para os problemas que estão interessados em resolver.
Não se sugere que se abandone tudo, há momentos que o professor pode, e deve, propiciar a sistematização e a formalização. O problema, o desafio, é saber operar com estas duas formas de atuação, em proveito da aprendizagem dos alunos.
Muito se discute teoricamente em relação ao fazer pedagógico e com o destino de alunos e escolas. Nestas discussões algumas certezas apareceram: uma é que a metodologia adotada revela a forma como é compreendido o processo de aprendizagem, a outra é que essas concepções e entendimentos também determinam funções e papéis que assumimos em sala de aula. Essas certezas trouxeram novas questões para discussão, selecionar como proposta metodológica mais viável, para que provoque mudança na escola, os projetos de aprendizagem, processo que possibilita aos alunos construirem conhecimentos a partir das interações com professores, colegas e sociedade. Com princípio de liberdade os alunos são apoiados e incentivados a conduzir os projetos, desenvolver estratégias, comparar, analisar e estabelecer relações. Os professores fazem o papel de mediadores, acompanhando as atividades, problematizando situações e desafiando os alunos. Isso para o professor significa deixar de ser o centro das atenções, causa e razão das aprendizagens, e assumir um novo papel social.
Tais mudanças não são fáceis nem rápidas, são complexas na prática, são transformações pedagógicas, metodológicas, ideológicas.
As crianças quando brincam ou escolhem atividades que realmente lhes interessem tendem a persistir nelas até o final, manipulam, exploram, interagem, interpretam, levantam hipóteses, buscam explicações e reconstituem o mundo que as rodeia... é a ação e interação. Da mesma forma o jovem e o adulto precisam sentir-se desafiados, ter metas, formular questões, moverem-se em direção da busca por respostas e estratégias para encontrar soluções.
Atualmente com os meios de informação de massa, principalmente televisão e internet, tem-se um novo ambiente de aprendizagem."
Refletindo, analisando os textos, postagens dos colegas, dá pra ter algumas certezas:
  • Diante da realidade da educação, é ingênuo insistir que a visão construtivista é mais um modismo;
  • Quando se desenvolve um Projeto de Aprendizagem abrem-se janelas e é evidente que o conhecimento se constrói interdisciplinarmente;
  • Só se compreende um P.A. quando se vive um P.A;
  • Tem escolas e professores que já fizeram projetos com excelente resultados e terão condições de desenvolver amplamente P.As.

... e dúvidas (espera-se que temporárias):

  • Como desenvolver um P.A. sem (ou pouco) acesso a tecnologia, com bibliotecas com acervo reduzido e turmas de 40 a 50 alunos?
  • Como nós assessores pedagógicos (com aprox. 10 escolas cada) podemos dissiminar os P.As nas escolas, sem demorarmos uma "eternidade" e realmente termos credibilidade diante dos professores?
  • que tipo de professor está preparado para ser mediador, articulador, orientador... e como podem contagiar os demais?

Na prática...
No P.A que estamos desenvolvendo (Ivonete e Jozemar) - TV Digital Integrada - iniciado na semana presencial (10 a 14 de julho) não sabia que caminho seguir. Após leituras, trocas, discussões no fórum, intervenção dos professores o encaminhamento de um P.A começa a ficar mais claro (as preocupações também, pois precisamos cada vez de mais tempo para estudo).
Apesar de todo corre corre (trabalho, viagens de trabalho constantes, família...) deu para perceber o quanto um PA nos envolve, sempre achamos um tempo para pesquisar e testar algo novo (principalmente quando tem mais alguém interessado, aí o trabalho colaborativo acontece) , por exemplo, uso de várias ferramentas até então pouco exploradas: Cmap, BubbleShare (além da imagem o áudio), o wiki, o blog... Quando vamos explorando essas ferramentas (parece automático - coisas de professor) já vamos pensando como trabalhar com os alunos (wiki para construção colaborativa, blog para produção/publicação/interação, BubbleShare para tutoriais, histórias em quadrinhos e muito mais...)

quarta-feira, agosto 16, 2006

Tutorial do BubbleShare... Esta é mais uma atividade colaborativa

O trabalho colaborativo a distancia é produtivo, mas atividade colaborativa presencial é produtivo e agradável.

Por: Ivonete e Rosi

terça-feira, agosto 15, 2006

Projeto de Ensino X Projeto de Aprendizagem no BubbleShare

Este é um trabalho colaborativo (Ivonete e Rosi)...

Autora do texto: Léa da Cruz Fagundes

quarta-feira, agosto 09, 2006

Qual é a questão?

Ainda lendo os textos da Beatriz e da Iris Elisabeth e acompanhando as discussões no fórum sobre P.As, a cada dia tenho mais certeza que precisamos aproveitar as idéias e partir para o desafio, dar autonomia aos alunos, ou seja, confiar na sua capacidade de saber fazer escolhas, de posicionar-se, de realmente participar do seu aprendizado, pois todos estão envolvidos.
O Projeto de Aprendizagem oportuniza uma nova forma de ensinar e aprender, ajuda a quebrar paradigmas e mudar algumas atitudes nossas frente ao conhecimento.
Quando formulamos nossas dúvidas temporárias e certezas provisórias levantando hipóteses e nos envolvemos na pesquisa, organizando informações, comparando, selecionando é que nos sentimos realmente autores.
O professor, com conhecimento na sua disciplina, é o orientador/articulador do processo.
Quanto ao conteúdo... vai sendo apreendido no decorrer do processo, não na forma sequencial como sempre foi apresentado, mas conforme vai sendo construído.